Nem todos os exames de sangue necessitam de jejum, embora seja indispensável em alguns como dosagens de triglicérides e Glicose. É fundamental nesses casos um período de 8 a 12 horas de jejum para a glicose, não ultrapassando 14 horas e de 12 horas para os triglicérides, não ultrapassando as 16 horas. Água pode ser bebida, no entanto com moderação, lembrando que ela interfere nos exames de urina. Para a coleta de fezes, não há necessidade do jejum, podendo ser colhido a qualquer hora do dia. Em Récem Nascido e lactentes o ideal é que a coleta seja feita antes da próxima mamada.
Desde que obedeçam o período estipulado de jejum, alguns exames podem ser colhidos no período da tarde. Porém no caso de algumas dosagens como Cortisol, Ferro e ACTH, esses devem ser feitos pela manhã, pois é neste período que eles apresentam maiores valores no sangue.
Alguns exames sanguíneos são alterados pelo esforço físico, exemplo: glicemia e dosagem do fator VIII da coagulação. Como os exames laboratoriais são padronizados para a realização em condições ideais que significam condições basais, pode haver diferença nos valores se forem realizados após o exercício.
É extremamente grande a lista de medicamentos que interferem nos exames de laboratório. Dessa maneira, é imprescindível avisar a atendente sobre o uso dos mesmos. A critério do seu médico, o ideal é a suspensão da medicação alguns dias antes da coleta do sangue. Como exemplos, podemos citar o uso dos antibióticos e antinflamatórios, que interferem nos testes de coagulação, o ácido acetilsalicílico, presente em muitos analgésicos e antitérmicos como : AAS, Buferim, Aspirina, Doril, Melhoral, etc. e que também interfere nos exames de coagulação, quando usado em altas doses. A Dipirona, presente em alguns medicamentos como Novalgina, interfere no exame de creatinina.
O correto é não fumar no dia da coleta, principalmente quando se vai fazer teste de agregação plaquetária ou curva glicêmica. A bebida alcoólica também interfere, especialmente na dosagem de triglicérides. Para se ter uma idéia, uma dose de uísque, uma cerveja ou um copo de vinho na véspera do exame é o suficiente para elevar os níveis, falseando os resultados. O ideal é não ingerir qualquer bebida alcoólica 3 dias antes dos exames.
O exame de urina deve ser feito fora do período menstrual. Já a coleta sanguínea pode ser realizada neste período, lembrando que alguns hormônios e proteínas variam durante o período do ciclo menstrual. É importante, então, que o médico saiba em que período do ciclo esses exames foram colhidos.
Quando se vai fazer o exame de urina I, o ideal é que esta seja a 1ª da manhã, e colhido em frasco apropriado, fornecido pelo laboratório, sendo feito uma adequada assepsia e enviado imediatamente ao laboratório. Caso não se consiga colher a 1ª urina, é importante permanecer pelo menos 3 horas sem urinar para que se obtenha uma amostra adequada para o exame. Lembrar que cremes e óvulos vaginais interferem no resultado. No caso de cultura de urina, esta deve ser colhida no próprio laboratório, pois há exigência de condições rigorosas de assepsia.
Esses exames, quando solicitados devem obedecer um período de jejum de 4 a 14 horas para a coleta. Uma pessoa com triglicérides altos e que adota uma dieta rígida na véspera do exame, irá diminuir falsamente o resultado, daí a importância de se manter a dieta habitual nos 15 dias que antecedem o exame. Uma pessoa com triglicérides normais e que come feijoada na véspera do exame, apresentará resultados falsamente altos.
Pacientes com febre podem colher sangue, pois a intenção é verificar se existe alguma infecção. Porém, em alguns casos, o estado em que o paciente se encontra pode provocar alterações nos exames solicitados. Portanto, na presença de febre, gripe, resfriado ou outro estado, consulte seu médico antes para que o mesmo veja a importância da realização do exame.
Pode ocorrer, depois da coleta, o aparecimento de hematoma no local da punção, que seria o extravasamento de sangue para fora da veia. Isso pode acontecer em determinadas situações, tais como: veias finas e delicadas, com muita pressão; falta de compressão no local da punção; uso de alguma medicação que altere a coagulação do sangue.