O Vírus Sincicial Respiratório (VSR) é um patógeno do tipo RNA, classificado em dois subgrupos antigênicos, A e B, que podem circular simultaneamente durante a mesma temporada. Embora possa afetar pessoas de todas as idades, é notório por provocar infecções respiratórias em bebês e crianças pequenas.
Em idosos acima de 60 anos, o VSR é uma causa significativa de hospitalizações por doenças respiratórias. Os sintomas típicos incluem corrimento nasal e febre, surgindo três a cinco dias após a infecção e podendo evoluir para condições respiratórias graves.
Sim, o VSR pode ser detectado durante todo o ano, mas a maioria dos casos ocorre no inverno e início da primavera. No Brasil, a distribuição varia: no Sudeste, Nordeste e Centro-oeste, os picos ocorrem entre março e julho; no Sul, entre abril e agosto; e no Norte, entre fevereiro e junho.
Atualmente, não existe um tratamento específico que erradique o VSR. Os casos, incluindo os mais graves, são manejados com suporte vital, como hidratação, oxigenação e uso de respiradores, entre outros cuidados suportivos.
Em 2023, a Vigilância Epidemiológica do Brasil registrou aproximadamente 640 casos graves de internação devido ao VSR, um número provavelmente subestimado. Em idosos, o VSR pode ser mais letal do que a influenza, especialmente entre aqueles com condições pré-existentes como doenças cardiopulmonares, disfunções renais, hepáticas, neuromusculares, diabetes, entre outras.
A vacina utiliza o antígeno F do VSR que potencializa a resposta imunológica. Este adjuvante já é utilizado com sucesso na vacina contra herpes zoster, mostrando-se eficaz em idosos acima de 60 anos.
A eficácia da vacina em prevenir formas graves do VSR foi de aproximadamente 94% na primeira temporada após a vacinação, mantendo uma eficácia robusta mesmo entre os mais idosos e com comorbidades na segunda temporada.
A vacina é administrada em uma única dose intramuscular. Até o momento, não se mostrou necessária a aplicação de doses de reforço. A vacina é recomendada pela Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) para todos os indivíduos acima de 60 anos, independentemente da época do ano.
Os efeitos colaterais mais comuns são reações locais como dor, inchaço e vermelhidão no local da aplicação, além de cefaleia e mal-estar em uma menor proporção de pacientes. Contraindica-se a vacinação apenas para aqueles que tiveram reações graves a algum componente da vacina.
Estudos mostram que a aplicação simultânea da vacina VSR e da vacina contra influenza é segura e eficaz, sem impacto significativo na resposta imunológica ou aumento de eventos adversos. Para outras vacinas, a decisão deve ser tomada pelo médico responsável.
Precisa tomar a vacina? entre em contato com a nossa central de atendimento e confira a unidade do Centro de Patologia mais próxima de você.