Prolactina

Prolactina

Prolactina

A prolactina (PRL) é um hormônio polipeptídico, produzido na hipófise anterior (pituitária), responsável pela lactação, pelo desenvolvimento das mamas e por centenas de outras ações necessárias para manter o equilíbrio do organismo.

A glândula pituitária é uma glândula pequena, do tamanho de uma ervilha, localizada na base do cérebro, abaixo do hipotálamo. Faz parte do sistema endócrino e é responsável pela produção de muitos hormônios importantes, incluindo a prolactina. A dopamina (uma substância química do cérebro) e o estrogênio (um hormônio) controlam a produção e liberação de prolactina pela glândula pituitária.

Os níveis de prolactina são normalmente baixos em pessoas designadas como homens ao nascer (AMAB) e em pessoas não lactantes e não grávidas. Eles normalmente estão elevados em pessoas que estão grávidas ou amamentando.

Efeitos da prolactina no homem

Os homens têm níveis caracteristicamente baixos de prolactina. A elevação anormal em homens é sugestiva de um potencial processo patológico subjacente, como um adenoma hipofisário ou um efeito adverso de medicação, o que justifica uma avaliação mais aprofundada.

Níveis elevados de prolactina nos homens resultam em dores de cabeça e diminuição da libido. A diminuição da libido está associada à diminuição da espermatogênese como resultado da elevação da prolactina afetando o eixo reprodutivo hipotálamo-hipófise.

Efeitos da prolactina na mulher

A prolactina tem um papel significativo na fisiologia da mama, especialmente nas mulheres. A falta de secreção de prolactina ou a sua secreção excessiva resulta em processos patológicos clinicamente significativos. O nível do hormônio prolactina é fundamental para as capacidades normais de lactação. Desequilíbrios nos níveis de prolactina podem comprometer essa capacidade. Se os níveis forem demasiado baixos, a mãe não será capaz de produzir leite, e se os níveis forem inadequadamente elevados, isto pode levar à galactorreia em mulheres ou homens que não amamentam. Além disso, a perturbação do equilíbrio da prolactina pode ter efeitos significativos no ciclo menstrual. Nas mulheres, o excesso de prolactina leva à amenorreia (ausência de menstruação).

O que significa quando os níveis de prolactina estão alterados

A alteração nos níveis de prolactina pode ocorrer pela falta de produção ou a sua produção excessiva.

Os valores de referência para a prolactina são:

  • homens: até 18 microg/L
  • mulheres não grávidas: até 29 microg/L

Quando os níveis de prolactina estão fora dos limites, podem indicar a presença de doenças ou disfunções diversas. Alterações na prolactina podem ser causadas por tumores na hipófise, disfunções da tireoide, uso de certos medicamentos ou até mesmo estresse excessivo.

Prolactina alta (hiperprolactinemia)

A hiperprolactinemia ocorre quando os níveis de prolactina estão elevados. Vários fatores e condições podem causar níveis de prolactina no sangue acima do normal, incluindo:

  • prolactinoma: causa comum de aumento nos níveis de prolactina, o prolactinoma é um tumor benigno que se forma na glândula pituitária e causa produção excessiva de prolactina. É um tipo de adenoma hipofisário. Os prolactinomas ocorrem mais comumente em pessoas com menos de 40 anos, mais comuns em mulheres e que raramente ocorrem em crianças e adolescentes.
  • certos medicamentos: a dopamina, substância química do cérebro, ajuda a suprimir a produção de prolactina no corpo. Qualquer medicamento que afete a produção ou uso de dopamina no corpo pode aumentar os níveis de prolactina.

Os medicamentos que podem aumentar os níveis de prolactina incluem: certos medicamentos antipsicóticos, como a risperidona; certos medicamentos para hipertensão e que tratam náuseas e vômitos; analgésicos que contêm opioides.

  • condições de saúde: outras condições de saúde além do prolactinoma também podem causar hiperprolactinemia, como doença renal, hipotireoidismo e herpes-zóster.
  • outros tumores da glândula pituitária: tumores grandes (exceto prolactinomas) localizados na glândula pituitária ou próximos a ela podem causar hiperprolactinemia ao reduzir o efeito da dopamina. A liberação de prolactina é suprimida pela dopamina, mas se o tumor bloquear o fluxo de dopamina para as células produtoras de prolactina, ocorrerá hiperprolactinemia.

Níveis aumentados de prolactina nas mulheres podem causar alterações na menstruação não relacionadas à menopausa, como menstruação irregular ou ausência de menstruação (amenorreia), infertilidade, entre outras.

Nos homens os níveis elevados podem causar disfunção erétil, diminuição da libido, baixos níveis de testosterona, ginecomastia (crescimento de tecido mamário), entre outros.

Prolactina baixa (hipoprolactinemia)

O hipopituitarismo é uma condição rara em que há falta (deficiência) de um, vários ou todos os hormônios produzidos pela glândula pituitária. Geralmente é causado por pressão anormal na glândula pituitária ou danos à glândula pituitária.

Os sintomas da prolactina baixa não são tão óbvios quanto os da prolactina alta, mas incluem a incapacidade de produzir leite após o parto em mulheres. Em homens e em mulheres que não estão amamentando, a prolactina baixa pode passar despercebida, sem grandes sintomas aparentes.

Quando o exame de prolactina é recomendado

Sua dosagem está indicada no diagnóstico e no seguimento de tumores hipofisários, na síndrome de galactorréia e/ou amenorréia, na impotência, na esterilidade e na avaliação da reserva hipofisária de prolactina.

Como é realizado o exame

O exame de prolactina é feito a partir de uma coleta de sangue realizada através de acesso venoso, geralmente no braço, e então é processada na área técnica do laboratório.

Preparação necessária

Para a coleta da prolactina existe a recomendação de jejum mínimo de três horas e, caso o médico tenha solicitado com repouso, o tempo ideal de repouso  absoluto é de 30 minutos.

O uso de biotina e suplementos alimentares que contenham biotina devem ser suspensos 3 dias antes da coleta.

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